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eu sussurro seu nome na escuridão dessa tarde, mas ele não me leva a você. Acordamos, dormimos, tantas vezes. Os dias se misturaram, se dissolveram neles tudo o que havia de certo. Essa umidade que nos é alcançada como um lodo denso, dia após dia, se perdendo nesse barro antigo. De nos entrevar nessa terra, abrimos os olhos, metros, metros abaixo, e nos reconhecemos.
E foi assim que me esqueci.
Esqueci seu nome.
Pois o chamaria quando me perdesse.
Perdi-me nessa escuridão sem um nome.
Meus olhos embotados de breu.
O sangue que ainda corre lento,
subindo impossíveis falésias,
a pele pálida.

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