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ela acariciava o veludo da minha calça silenciando a vida que corria fora da nossa persiana.
a noite chegava com seus braços fortes,
escondida atrás da lua.
a luz amarelada do nosso único lustre descia nos tocando lentamente.
o gato espalhando seus pelos invisíveis pelo ar,
defendido fingindo não saber.
a noite passava e eu a guardava sem sono em imagens sem som.

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